tag:blogger.com,1999:blog-35031459880099237272024-03-05T09:22:24.759-08:00Divagações do Gato NegroEspaço para publicação de textos e outras ideias. Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-71781632190112102442014-07-05T07:29:00.001-07:002014-07-05T12:41:29.437-07:00A dicotomia de um país racista com seu ego insuflado<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>O patriotismo que supera a razão</i></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqsYYP4q7pOfB8QlTSrGjMEis-T_E_kJpdMgYvIiUm_DCsxzwxjRRSts6di9SLBSSFoqgk2m_Q0cIAUPQVg0eF_ppSj4mGb6mhD4WnsEXAt_i5PPDk6hGyLbOC9WZsYwJpRkFyZYAA6VI/s1600/Imagem.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqsYYP4q7pOfB8QlTSrGjMEis-T_E_kJpdMgYvIiUm_DCsxzwxjRRSts6di9SLBSSFoqgk2m_Q0cIAUPQVg0eF_ppSj4mGb6mhD4WnsEXAt_i5PPDk6hGyLbOC9WZsYwJpRkFyZYAA6VI/s1600/Imagem.jpeg" height="266" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem da Intenet - Google</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Brasil tem um antagonismo interessante: ou se deprecia com
a velha máxima “só no Brasil isso acontece” ou insufla demais seu orgulho pela
terra como se fôssemos criaturas superiores. Dentro disso surgem questões
preocupantes, como o preconceito latente – acredito eu - derivado de uma dificuldade de
aceitação de nossas próprias origens.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando a pauta é esporte, principalmente o futebol, essa
relação social se torna muito mais nítida. Ao vermos um torcedor brasileiro no auge de
sua fúria classificando um atleta latino como “macaco” estamos diante de uma
relação de poder, talvez gerada não apenas por nos acharmos superiores no
futebol, mas também por estarmos (teoricamente) em situação mais confortável
economicamente, afinal somos os emergentes da vez.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No futebol somos a “casa grande”, aí o patriotismo vem com
força total. Ninguém repara em nossas mazelas, ninguém nota se um viaduto caiu
e matou dois. O assunto mais importante é que “aquele macaco” deu uma joelhada “criminosa”
em nosso menino Neymar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neymar, por sua vez, também já sofreu com ataques racistas
na Espanha, onde atua. Aliás, na Espanha alguns gostam de chamar os brasileiros
de “macaquitos”, é nós rebatemos chamando eles de racistas e dizendo que aqui
pelo menos temos empregos, estamos em ascensão econômica (estamos?) e eles no
abismo da recessão. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje o Brasil vive um momento curioso, existe um movimento
forte de elevação do moral nacionalista. Virou falta de patriotismo criticar
qualquer coisa, é o combate ao famoso “complexo de vira-lata”, o que pode ser
positivo em certos aspectos, mas essa também pode ser um fenômeno ideológico
nocivo. São as formas simbólicas de estabelecer um status. Acho que o Estados
unidos devem ter passado por isso até acreditarem que são o centro do mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É lógico que esta é uma análise rasa de uma situação muito
mais complexa, mas espero que este crescente patriotismo não nos torne um país
hipócrita, que nega suas raízes e se coloca como superior aos demais. O caso do preconceito contra o jogador
colombiano pode ter partido de uns poucos idiotas e ser um caso isolado, mas
também pode ser o reflexo de uma nova visão que os brasileiros têm de si mesmo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-64505844044889774772014-06-30T05:48:00.000-07:002014-06-30T05:49:24.356-07:00Em tempos de Copa: Brasil, Líbano e a mídia em campo<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkwKt1vj3Lf5ZgzAc6sqYGUzf3oxCTxtX1IrzX9Xn1lGr-B4ygiIhRezLU22bMNsC-DH88YveycdPPSz6Jp-gsQjBHXDJPtQiCGrJYEhyphenhyphenxvvSdRmmNKdtrrIhN_Kb91Rm6A_pyAVJhbsk/s1600/Globeleza+e+%C3%A1rabes.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkwKt1vj3Lf5ZgzAc6sqYGUzf3oxCTxtX1IrzX9Xn1lGr-B4ygiIhRezLU22bMNsC-DH88YveycdPPSz6Jp-gsQjBHXDJPtQiCGrJYEhyphenhyphenxvvSdRmmNKdtrrIhN_Kb91Rm6A_pyAVJhbsk/s1600/Globeleza+e+%C3%A1rabes.jpg" height="192" width="320" /></span></a><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Fantástico
deste domingo (29) apresentou uma reportagem sobre a situação da mulher no
Líbano. E, sim, por lá existe violência contra a mulher, baseado em um machismo
exacerbado, que oprime e coloca o ser feminino como inferior.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em certos
países árabes a situação da mulher é algo degradante mesmo, com casos de
violência extrema que merecem a atenção mundial. Normalmente, estas situações
são fundamentadas em questões culturais e religiosas. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nascer
mulher nestes lugares é penar até o fim. E aqui no Brasil? Ah, aqui é o país da
liberdade, as mulheres são valorizadas e tratadas como... (Ops!) Tratadas como
mercadoria! Ah, mas, esse era justamente o tema da tal matéria do Fantástico.
Parece que temos algo errado nisso aí.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Curiosamente
a matéria que precedeu a da violência contra mulheres no Líbano mostrou a “pegação”
nas ruas do Rio e São Paulo. Muitos gringos - que vieram ao país por conta da
Copa - encantados com as mulheres brasileiras. A imagem da mulher brasileira
sempre foi vendida no exterior. Reparemos na palavra: vendida. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Recentemente
o apresentador da Globo, Luciano Huck,
iniciou uma campanha incentivando brasileiras a conquistarem “os príncipes
encantados gringos”. Isso não seria uma espécie de cafetinagem? Em tempos de
governo tentando inibir o turismo sexual no país, uma concessão pública de
televisão usa de sua prerrogativa para, deliberadamente, oferecer mulheres a
estrangeiros.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na
reportagem sobre o Líbano, as brasileiras foram alertadas sobre casamentos com aqueles
homens, mas na matéria seguinte parece que os gringos que vieram para Copa eram
muito legais, pois, a ideia era “ensinar” os moços como “pegar” mulher brasileira.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hipocrisia é
o nome disso. Diariamente mulheres brasileiras são violentadas em seus
direitos, apanham e são exploradas de diversas formas. Aqui, a mídia colabora
para explorar os atributos físicos em campanhas (e reportagens) e no fim, tudo
isso ajuda a levar para fora a imagem do Brasil como paraíso para o turismo
sexual.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-70925556926901480422014-03-21T03:42:00.001-07:002014-03-21T03:42:26.451-07:00Convivência harmoniosa em Foz é apenas um discurso bonito<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsgVlcP-Q0FUmqoEYzvUEX2uSSzDCMtkdoA22r3LfTA3Z8EQM9AAQh2W9kq9nDqGCbbsecUkMRyOzds3L5_uX3fFQm07JGb9jSRyRaVVgZXmfPvN2NWFWydZyTeg9KvM3XOlmsx753aio/s1600/preconceito.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsgVlcP-Q0FUmqoEYzvUEX2uSSzDCMtkdoA22r3LfTA3Z8EQM9AAQh2W9kq9nDqGCbbsecUkMRyOzds3L5_uX3fFQm07JGb9jSRyRaVVgZXmfPvN2NWFWydZyTeg9KvM3XOlmsx753aio/s1600/preconceito.jpg" height="240" width="320" /></a><span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando cheguei em Foz achava
tão bonita particularidade das “mais de 70 etnias convivendo harmoniosamente”,
até usava em meus textos sempre que podia. Depois de um tempo passei a
desconfiar, pois não via tanta harmonia assim. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Hoje sei que isso é apenas um
discurso bonito, pois aqui as pessoas se toleram, ou toleravam. O estigma dos “turcos”
está aí para provar, talvez eles – os árabes – sejam os que convivem há mais
tempo com a (in)tolerância ao lado dos paraguaios, é claro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por falar em preconceito, estamos
nos tornando uma cidade estranha com relação a outros aspectos. A morte da
estudante uruguaia Martina Piazza, cujo assassino levianamente argumentou
motivação religiosa para o crime, apontou para a desgraça do preconceito com
relação às religiões de matriz africana. Ouvimos muita bobagem nas ruas, nas
redes sociais e até na mídia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alias, Martina era unileira e
esta característica também é um dos alvos do momento. A chegada dos estudantes
latinos trouxe na cidade alguns olhares “tortos”e adjetivos pejorativos para
classificar os acadêmicos estrangeiros.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Outro fator que precisa de
analise e urgente atitude é o preconceito de gênero, que por aqui tem se
manifestado de forma cruel. </span></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 14pt;">Para quem
não sabe, já estamos na quinta morte violenta de mulheres somente este ano.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Talvez seja a hora de
abandonar o discurso bonito de harmonia e partir para uma reflexão séria sobre
o assunto e aí sim buscarmos a essa tal convivência pacífica que Foz precisa e
merece.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-66613650356698328412014-03-07T17:24:00.001-08:002014-03-07T17:24:21.495-08:00Um texto hormonal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGTVsWJj4VaQF08rAJkIA-XUzQyP141STDzA2Q1SyJj4wKhPN2gBZbPdkjTFra_xE8Xr81PrnQqjk5tQ6HZazyV_xAsgWoN4h5RqprMikJJh25iTVy_liNl9yuj3XndmCRPzsWB6vBcVM/s1600/1743636_757289090949596_458452763_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGTVsWJj4VaQF08rAJkIA-XUzQyP141STDzA2Q1SyJj4wKhPN2gBZbPdkjTFra_xE8Xr81PrnQqjk5tQ6HZazyV_xAsgWoN4h5RqprMikJJh25iTVy_liNl9yuj3XndmCRPzsWB6vBcVM/s1600/1743636_757289090949596_458452763_n.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Passei o dia
ensaiando para escrever um texto para o Dia Internacional da Mulher, como faço
todos os anos. Vi muita coisa boa na internet, textos bem escritos e
fundamentados.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Queria fazer
algo diferente, mas sem fugir à ótica política. Não consegui. Sentei em frente
ao computador várias vezes e nada. A cólica não deixou, me oprimiu o dia
inteiro e o cérebro não conseguiu dar vazão a nenhuma das ideias que tive.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os únicos
textos que saíram foram mensagens de celular para meu noivo, em quase todas
reclamando de cólica e dor de cabeça. Meu corpo havia esquecido dessas “intempéries”hormonais
(passei quase seis anos com DIU).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Enfim, o
texto político não veio, mas hoje não esqueci nem um minuto que nós mulheres,
além das batalhas diárias que a sociedade nos impõe, ainda temos de encarar
muitas delas com cólicas.</span><o:p></o:p></span></div>
Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-68264548565733158952014-02-24T12:37:00.000-08:002014-02-24T12:48:50.734-08:00E os “muambeiros”, vamos escondê-los?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXr46IwU0hkhwz4Y4ma7NM6Vf2mwVkDlY9RK9K_mBLf6LW8r7rfRbXuqSwvLTJIt4yitn5oXOP2I_O-lTE2M2uxvkv_RH2-mVl8ikfpA4aAWOXGC4xn4OOyIcQdCg6ApjJZrN9bAtHd5s/s1600/ponte-da-amizade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXr46IwU0hkhwz4Y4ma7NM6Vf2mwVkDlY9RK9K_mBLf6LW8r7rfRbXuqSwvLTJIt4yitn5oXOP2I_O-lTE2M2uxvkv_RH2-mVl8ikfpA4aAWOXGC4xn4OOyIcQdCg6ApjJZrN9bAtHd5s/s1600/ponte-da-amizade.jpg" height="317" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Para muitos foram anos dourados, mas hoje é motivo de vergonha - Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alguns políticos e outras autoridades de Foz ficaram escandalizados com um trecho do samba-enredo da Escola de Samba Tom Maior, de São Paulo, que este ano homenageia a Terra das Cataratas.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Na homenagem, pelo centenário da cidade a letra exalta as belezas naturais, a lenda das Cataratas, Itaipu, chama o local de “maravilha do Brasil” e, pelas tantas menciona o trecho que tem gerado o alvoroço: “Olha o muambeiro trazendo de lá/No jeitinho pro lado de cá/ Na amizade dá prá negociar” (...)</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ora, por aqui nunca teve “muamba”, ninguém “puxou muamba”, Foz não ficou conhecida também por causa das mercadorias do Paraguai? O contrabando existiu e ainda existe em nossa terra. O enredo fala da história da cidade – pelo menos da parte mais conhecida. E negar isso é no mínimo hipocrisia.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não há dúvida que estamos em outros tempo e a “muamba” já não é algo tão presente no cotidiano de Foz. Nada mais de descaminho, o caminho agora é o turismo, é divulgar as belezas naturais, sem esquecer, é claro, das comprinhas em Ciudad Del Este e no Duty Free da Argentina.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se o “muambeiro” citado no samba da Tom Maior é motivo de constrangimento, vamos negar uma passagem de nossa história, vamos renegar aqueles que durante anos percorriam as ruas de Foz em busca de seu sustento e que sim; ajudaram a fazer no nome desta cidade e garantir o ganha-pão de muitos aqui. Houve ilegalidades? Sem dúvida, mas até isso faz parte do enredo de Foz do Iguaçu. Temos a opção de contar somente a parte bonita, mas aí a história não será tão verdadeira.</span><br />
<span style="background-color: #f8f8f8; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: #f8f8f8;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Publicado originalmente no</span></span><span style="background-color: #f8f8f8; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"> </span><a href="http://www.h2foz.com.br/" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" target="_blank">Portal H2FOZ</a>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-39608834284662427812013-08-23T13:47:00.001-07:002013-08-23T14:57:53.199-07:00Experimente não o ter nesta sociedade igualitária<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A sociedade não é sexista. Ela também não é racista e nem
discriminatória. Não, se você tiver um elemento que se sobrepõe a tudo isso,
inclusive, sobre seu caráter: dinheiro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Se você o possuir, seus direitos serão todos garantidos,
você terá sorte e todos os anjos e santos estarão ao seu lado. Não, espere! </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Você está sendo radical, moça! Vivemos numa
sociedade igualitária. “O sol nasce para todos”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ah, claro, igualdade está lá garantida na lei. Mas, será que
o seu José, que é pedreiro, perdeu os movimentos de um braço, não consegue mais
trabalhar e luta para ser aposentado está sabendo disso? Provavelmente sim, ele sabe, o problema (ou
melhor), a realidade é que ele irá penar anos até conseguir comprovar sua
incapacidade (se viver até lá), pois ele não dispõe dos mecanismos que na
prática agilizariam sua vida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não estou dizendo que tudo por aqui, precisa ser pago, para
ser conquistado, mas é fato que a classe social é fator determinante no
tratamento que os cidadãos recebem. Nestes belos tempos de “igualdade”, vale
mais quem tem mais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se a mesma situação ocorresse com o Sr. Albuquerque, um
profissional gabaritado, doutorado, muito bem estabelecido na sociedade, ele
passaria pelos mesmos perrengues do pedreiro? Lamento informar ao que acreditam
na equidade social, mas a resposta é não.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vamos ao caso das mulheres – e desse, falo de cadeira. Conquistamos alguns direitos, saímos para
trabalhar, assumimos funções antes somente masculinas, votamos. Enfim, estamos
na escalada, só que as coisas não tem sido fáceis do lado de cá. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mais uma vez volto à questão social. Continua sendo uma
penúria ser mulher nesta sociedade, digo pertencer ao sexo feminino não ter aquela
tal posição social, que garantirá o respeito necessário. Posição que irá evitar o assédio sexual e
moral, os salários inferiores, a objetificação e garantir a consideração necessária.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ter menos é lutar diariamente para ser visto, para não ser
esquecido e nem abandonado pela sociedade igualitária.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">·<span style="font-size: 7pt;"> <i>*</i></span><span style="font-size: x-small;"><i>
<!--[endif]-->Os nomes são fictícios.</i></span></span></div>
Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-15138722369484512472013-08-01T08:30:00.001-07:002013-08-01T08:30:09.647-07:00Balaio, uma história de amor por cães e gatos<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwQQ4aM3YL8pM3zZwEr067vAzIVKOO5SbntOaoqCdUa3lv_opZ9OUKqrOzEAEdBW2pSdo0oQorHydKMevN2JkAcpXMNdMw2jpLtFjIxVtzs8M-fZSmjQqq2j6dKDOsmmAUat9OxdFapEQ/s1600/31654_5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwQQ4aM3YL8pM3zZwEr067vAzIVKOO5SbntOaoqCdUa3lv_opZ9OUKqrOzEAEdBW2pSdo0oQorHydKMevN2JkAcpXMNdMw2jpLtFjIxVtzs8M-fZSmjQqq2j6dKDOsmmAUat9OxdFapEQ/s320/31654_5.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">São 26 cães e pouco mais de 100 gatos. Todos chamados pelos seus respectivos nomes, cada um com sua própria história de abandono, maus-tratos ou simplesmente indigentes em risco pelas ruas da cidade. Felizmente todos tem algo em comum: foram resgatados e hoje estão sob a proteção do Balaio de Gatos.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quem observa Giane Farias lidar com seus protegidos enquanto realiza as tarefas do dia-a-dia no abrigo não imagina como ela consegue identificar cada um e dividir a atenção entre todos. “Eles têm suas particularidades, temperamento e dificuldades. Aqui damos nosso tempo para eles”, explica a coordenadora e criadora do Balaio de Gatos.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O abrigo é também a casa da família, formada pelo marido de Giane, Daniel Oliveira, e pela mãe, Terezinha Farias. Enquanto conhecíamos as instalações, Terezinha não parou nenhum instante com o trabalho, aproveitando o sol para lavar o quintal e as cobertas dos animais. “Minha mãe está com 63 anos, as vezes é difícil para ela, mas o trabalho não pode parar”, diz.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Balaio de Gatos não é uma entidade oficial. Questionada, Giane argumenta que para isso seria necessária toda uma estrutura. “Precisamos é de um grupo de pessoas comprometidas para cumprir a Lei da Guarda Responsável”, aponta. Para ela, a solução para controlar o número de animais abandonados seria um programa de castração, o que hoje não existe no município.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Muitos dos animais são resgatados doentes ou atropelados. Nestes casos, são encaminhados às clínicas veterinárias e também tratados em casa. Os tratamentos, assim como a alimentação são obtidos através de doações. No entanto, a situação atual do abrigo pode colocar o trabalho em risco.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ0T6D99L1H8Ne4gxoCMFHpFt5nzMJ3nYbdg_iei1uFSfPappSrtNQqdbr89P8XdqVzGalZt2JZIQqjZrD9MlSB1gVB25XxI1K7agOmqopHRd6bwS5Qoio5MWavrEGmF4SyO3tBkS6GBg/s1600/31654_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ0T6D99L1H8Ne4gxoCMFHpFt5nzMJ3nYbdg_iei1uFSfPappSrtNQqdbr89P8XdqVzGalZt2JZIQqjZrD9MlSB1gVB25XxI1K7agOmqopHRd6bwS5Qoio5MWavrEGmF4SyO3tBkS6GBg/s320/31654_2.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Dificuldades </b>– Recentemente Giane anunciou a possibilidade de encerrar a atividade do abrigo. O motivo é a dificuldade que tem encontrado para manter a estrutura e conseguir pagar mais um ajudante para auxiliar nos trabalhos diários.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Hoje eu enfrento um câncer, desisti do tratamento, pois não consigo ajudar no serviço se fizer a quimioterapia”, revela Giane. O tumor localizado nos ovários foi descoberto há 11 meses e para retomar o tratamento seria necessário que ela se afastasse das tarefas no abrigo. “Atualmente temos apenas um colaborador fixo, fica difícil pagar alguém para trabalhar aqui”.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Estrutura </b>– O Balaio de Gatos fica na própria residência da família, que foi totalmente construída para atender aos animais. Apesar de já estarem instalados desde outubro do ano passado, a obra ainda não foi concluída.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os canis ainda precisam de conclusão e o quintal de um sistema de escoamento, já que em dias de chuva, a parte onde ficam os cães alaga. O gatil está praticamente concluído, mas ainda é necessário trocar a porta de madeira por um com tela para garantir o fluxo de ar no ambiente onde ficam os felinos.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Animais </b>– Os cães e gatos resgatados pelo Balaio de Gatos estão disponíveis para adoção. Grande parte já está na fase adulta, mas também existem filhotes. “Temos um espaço separado para a maternidade. Muitos são resgatados prenhes ou com filhotes sendo amamentados”, comenta Giane.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela explica ainda que é possível apadrinhar os animais. “Existem casos em que a pessoa se apaixona pelo bichinho, mas por algum motivo não pode levar para casa, aí se torna madrinha ou padrinho”. Os padrinhos ficam responsáveis pelas despesas do animal, sem a necessidade de tê-lo em seu convívio.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A adoção é uma das formas de manter o trabalho do Balaio de Gatos ativo. Todos os animais disponíveis estão saudáveis. “Eles são muito carentes de atenção, pois vários foram resgatados em situação de risco ou de sofrimento”, aponta.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para adotar ou apadrinhar algum dos bichinhos do Balaio de Gatos é necessário entrar em contato com a tutora através do telefone (45) 3572-9498 ou pelo Facebook, clicando <a href="https://www.facebook.com/NASICOFFE?fref=ts" target="_blank">aqui</a>.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Impressões </b>– No portão da casa fomos recebidos por uma husky siberiana que insistia em nos “abraçar”. No alto do muro um gato tigrado e elegante observava desconfiado. O tamanho e a urgência de atenção da husky assustaram um pouco, mas logo a tutora Giane Farias avisou que aquilo é apenas carinho. E era mesmo.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Entramos na casa onde vive a família. Poucos móveis, muitos pratos com ração e água e várias caminhas, onde gatos de diversos os tamanhos e tipos dormiam preguiçosamente. Alguns até se deram ao trabalho de levantar ao se darem conta de nossa presença no ambiente.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No quarto do casal dormiam alguns outros felinos, entre eles o Nasi, que veio de Cuiabá (MT) com a família e foi o marco para início do trabalho dos protetores. Outra gatinha, ainda filhote, é pega no colo por Giane. Com os olhos semi-cerrados, percebemos que se trata de um animal especial. “Ela é cega, foi resgatada recentemente e provavelmente já sofreu com maus-tratos”.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A área onde ficam os cães (e alguns gatos também) é barulhenta e divertida. Alguns já debilitados pela idade e outros no auge da atividade manifestando toda vitalidade com pulos e latidos. A convivência entre eles é pacífica e apesar de cada um ter sua própria história parecem fazer parte de uma mesma família - até mesmo com os felinos.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Os animais e o ambiente são limpos apesar da pequena quantidade de pessoas para tantos bichos. Os banhos, segundo Giane, são dados em sistema de mutirão entre a família e alguns voluntários. Somente os cães encaram a água e sabão, já que gatos são dispensados desse tipo de atividade.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No final da visita, no portão de saída perguntei a Giane o que move, o que leva alguém a abraçar uma causa como esta mesmo com tantas dificuldades. A</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">reposta não poderia ser outra, com um fundo de latidos alegres de despedida ela olhou para eles e disse: “só pode ser o amor”.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Publicado originalmente no <a href="http://www.h2foz.com.br/" target="_blank">Portal H2FOZ</a><br />Fotos: Adilson Borges</span>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-30821064639819288472013-04-04T12:28:00.003-07:002013-04-04T12:28:52.034-07:00O jornalista e a realidade da profissão<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDCSyzBdR8ONWb9JpX422pMdQRx21BHnsV8tU5aXnapr_8Bew0A9aEi5GAEN2H36eFaE3XyqIrZCxmW1nbZR_OuFiUV0-YhglH-6HLSCRZTpZPLoq6IVsy4qAqU_0UO72ib-PU1asV_n4/s1600/1jornalista.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDCSyzBdR8ONWb9JpX422pMdQRx21BHnsV8tU5aXnapr_8Bew0A9aEi5GAEN2H36eFaE3XyqIrZCxmW1nbZR_OuFiUV0-YhglH-6HLSCRZTpZPLoq6IVsy4qAqU_0UO72ib-PU1asV_n4/s320/1jornalista.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Jornalistas conversam sobre tudo, mas poucos falam sobre seus direitos”. Esta reflexão surgiu dia desses numa conversa com amigos jornalistas. De fato, sabemos (ou fingimos saber, procuramos saber), lemos, escrevemos e muitas vezes nos indignamos com injustiças do mundo. Às vezes até lutamos pelos direitos alheios, sim, os direitos alheios. Assim, às vésperas de mais um dia 7 de abril – Dia do Jornalista – como estão nossos direitos?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Piso salarial, horas, ambiente, relações de trabalho, contratos, carteira de trabalho? São inúmeras as batalhas que compõem o cotidiano dos trabalhadores da imprensa. A categoria ainda é pouco organizada e muitas vezes nos sujeitamos a situações degradantes para exercer a profissão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não por acaso foi detectado em pesquisa concluída recentemente o aumento na incidência de depressão e uso de drogas como cocaína e anfetaminas entre os jornalistas. A pesquisa foi realizada pelo professor José Roberto Heloani, da Unicamp que apontou o assédio como um dos fatores agravantes da situação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A figura do jornalista vive em torno de uma idealização tanto por parte da sociedade como da própria classe. Temos acesso a muitas informações, assim sendo, somos responsáveis pelo processo de comunicação social. Sem dúvida um trabalho de enorme relevância e alto nível de responsabilidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Talvez seja necessário que o jornalismo perca um pouco o ar de soberania para identificar a raiz de seu próprio problema. Ainda somos uma segmento importante para o bom andamento do mundo, mas é fato que a profissão está precarizada e precisamos admitir isso.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Olhar para própria ferida é sempre mais difícil, mas este será um desafio em prol da dignidade do jornalismo. Será um trabalho de investigação, de vasculhar em nosso próprio dia-a-dia de trabalho tudo aquilo que não está dentro dos padrões legais e morais para o exercício da labuta.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Temos a lei, temos um sindicato e ainda somos privilegiados por temos acesso às informações pertinentes a nossa categoria, quando tantos outros trabalhadores carecem destas condições. Precisamos nos despir daquele senso de que somos intocáveis e encararmos a realidade que nos cerca.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Publicado originalmente no blog do<a href="http://sindijorfoz.blogspot.com.br/" target="_blank"> Sindijor - Subseção de Foz do Iguaçu e Região.</a></span><br />
Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-2849313602294452232013-02-05T17:31:00.000-08:002013-02-05T17:31:52.289-08:00Os religiosos e suas preocupações atuais<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 12.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt; line-height: 12.75pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A
religião, o moralismo e a questão da homoafetividade de fato entraram rol das
discussões mais acaloradas da mídia nos últimos tempos. De um lado os que
defendem o direito dos homossexuais, de outro, o que não aceitam os
homossexuais.</span></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt;">Se repararmos a temática foge um pouco da sensatez, pois
defender direitos para os homossexuais é defender direitos para seres humanos.
O x da questão está justamente no fato de que muitos não aceitam pessoas que
têm parceiros do mesmo sexo como seres humanos. Para muitos, são aberrações,
são seres influenciados por espíritos malignos, são safados, enfim, não
faltaria adjetivos para qualificá-los.</span><span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt;">O assunto gera polêmica e traz consigo uma gama de conceitos
adquiridos no seio de nossa sociedade machista e mal resolvida. Traz ainda um
plus recebido dentro de templos religiosos, onde alguns líderes insistem em
condenar e disseminar o ódio contra os homossexuais. Tudo isso, segundo eles,
baseados na bíblia, a qual também colocam como orientadora da submissão de
mulheres aos seus maridos. A impressão é que estamos regredindo na história.</span><span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 12.75pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt;">
<span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando começamos a acreditar em uma sociedade mais igualitária
surge uma declaração devastadora. Ultimamente, o pastor Malafaia, tem sido
campeão em falar asneiras de cunho preconceituoso. Ta certo, o pastor tem
o direito de não gostar do que ele quiser, mas demonizar um grupo de pessoas é
incentivar a violência e o ódio.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 12.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A
tolerância religiosa é algo imprescindível, no entanto, quando o fundamentalismo
baseado em interpretações favoráveis a determinados grupos se arvora a
disseminar maluquices, ele precisa ser combatido. Se a bíblia em algumas
passagens condena a homossexualidade, em outras ela também incita o
apedrejamento de mulheres, a escravidão, entre outras ações inaceitáveis na
atualidade. Se essa preocupação toda com o tal do “moralismo” se transformasse
por exemplo, em uma luta contra o trabalho infantil, contra a miséria, a
corrupção... Bem, tem uma série de brigas boas para serem compradas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 12.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acredito
que a religião, deva ser uma ferramenta de auxílio ao ser humano no processo de
evolução (estamos aqui para evoluir, certo?) e não o contrário. Se o principal
ensinamento de Jesus foi o amor, qual a razão de tanto ódio pregado por alguns
religiosos que se dizem seguidores dele? Cada um tem o direito de acreditar no
que bem entender, mas tem também a obrigação de respeitar os diferentes. Aliás,
eu continuo acreditando que esses “diferentes” nem são tão diferentes assim dos
que os condenam...</span></span><span style="color: #2a2a2a; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-2709201256620436712012-11-08T05:39:00.000-08:002012-11-08T07:38:39.906-08:00Redução da maioridade penal: a solução da delinquência juvenil?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMemiojQzfMGRE2Y4qIYPAlPoCTeHIWpmbyHY6kU6o86vxm-TYQp4NMf-ksSUpTmGzevTHFcF7ceYf0bvbpsNnOX3WhqkZ1-Kpxu-BxSoX2W26WF73DPNoHA6mqdgFlola0jI8Do4DRI4/s1600/544895_465647016812047_85102027_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMemiojQzfMGRE2Y4qIYPAlPoCTeHIWpmbyHY6kU6o86vxm-TYQp4NMf-ksSUpTmGzevTHFcF7ceYf0bvbpsNnOX3WhqkZ1-Kpxu-BxSoX2W26WF73DPNoHA6mqdgFlola0jI8Do4DRI4/s320/544895_465647016812047_85102027_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
Tema de longos debates e posicionamentos a questão da
maioridade penal no Brasil agora circula também nas redes sociais. O Direito
Penal será mesmo capaz de sanar este grave problema de nossa sociedade?</div>
<div class="MsoNormal">
Reduzir a maioridade penal para 16 anos seria como cortar o
caule de uma erva daninha sem retirar a raiz. Em um país que já sofre com a
problemática do superencarceramento, inclusive, respondendo por violação de
direitos humanos dentro deste aspecto, a saída para a aprovação de uma lei como
esta, seria a construção uma infinidade de novos presídios. Ótimo! Seremos o
país dos presídios.</div>
<div class="MsoNormal">
Vamos deixar de lado um pouco nosso pensamento ideológico inculcado
de que “todos têm a oportunidade de serem o que quiserem” e pensar, por
exemplo, numa criança filha de pai alcoólatra, mãe doméstica e que sai todos os
dias para vender balas nas ruas para complementar a renda da família. Uma
criança que desde cedo sofre com todas as privações possíveis, sem a mínima
garantia de seus direitos básicos (aqueles mesmos da constituição), que está
exposta a todo tipo de violência nas ruas e em casa. Seria sorte, se este ser não
fosse cooptado pela criminalidade, uso de drogas, prostituição, entre outras.</div>
<div class="MsoNormal">
É fato que o crime utiliza menores de dezoito para
determinadas práticas. Assim, com a diminuição de 18 para 16 anos, a tendência
natural será utilizar os menores de 16 e assim sucessivamente. Em algum tempo teremos um número muito maior
de criancinhas cometendo delitos. </div>
<div class="MsoNormal">
Temos ainda a sedução do consumismo, que estabelece os
parâmetros de aceitação na sociedade. Quantos frutos deste sistema baseado no
lucro temos por aí? Claro, que é mais fácil ceifar o problema ao invés de
investigar sua causa, mas fácil taxar de “defensores de delinqüentes” do que
encarar nossa triste realidade. Ora, deixemos de lado o senso de justiça
burguês para olhar a questão de forma mais ampla. </div>
<div class="MsoNormal">
Uma das artimanhas do capitalismo é fragmentar as situações
para disfarçar a razão. Logo, é necessário ter a consciência de que aqui existe
criança que passa fome, que não brinca, não estuda (ou recebe uma educação
precária), sofre abusos sexuais, é explorada, abandonada, discriminada,
espancada e não, não tem garantidos todos os direitos estabelecidos pelo ECA –
Estatuto da Criança e do Adolescente. </div>
<div class="MsoNormal">
Não tem estes direitos porque estão inseridos em um sistema
que não permite a oportunidade para todos. E então, vamos puni-los por isto ou lutar
contra quem causa todo este mal?</div>
<br />Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-30753100313291050812012-10-03T08:01:00.004-07:002012-10-03T08:01:38.801-07:00O medo de perder o voto<br />
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
Nestes últimos dias de campanha eleitoral vemos muitos ainda com aquele velho discurso de “não quero perder meu voto”. Se teve algo que o PT fez de bom foi a última campanha do ex-presidente Lula, com o famoso slogan “a esperança venceu o medo”.</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
Esta frase realmente tocou a população indecisa e fez com que optassem por outra via e apesar dos pesares do governo petista, não podemos negar que o Brasil ousou votar naquele que todos tinham medo ou no mínimo um certo receio.</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
Em Foz do Iguaçu o que vemos pelas ruas é mais ou menos isso: pessoas com medo, tentando escolher o ”menos pior” destas eleições municipais ou fazendo sua opção simplesmente pelo pavor do continuísmo.</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
Eleições municipais falam diretamente sobre nossas vidas, sobre a possibilidade de melhorarmos, mantermos ou piorarmos nossas condições e as condições daqueles que não irão ler texto, daqueles que estão à margem da cidadania e à mercê da enganação eleitoreira, infelizmente, prática ainda tão comum.</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
Não tenho medo de perder meu voto, tenho mais de medo de apostar naquilo que não acredito. Políticos estão para servir, não são senhores acima do bem e do mal, nem donatários de seres humanos. Prefiro manter minha convicção de que o poder deve estar nas mãos do povo, somos nós quem decidimos e se determinadas práticas não nos agradam não temos razão para aceitá-las. </div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
Quando será que perderemos a paciência, conforme pensou Mauro Iasi? O exercício da democracia através das eleições é um excelente momento para demonstrarmos nossa indignação. Alguns amigos, dirão: por isso votarei nulo! Respeito essa postura, mas não creio que seja o momento desta opção, pois permaneceremos na inércia e seremos outra vez levados pelo poder econômico daqueles que compram votos das mais diversas e descaradas maneiras.</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em;">
Se não iremos votar por ideologia, que votemos por coragem, por convicção, pela verdade. Voto por todos estes motivos, sem medo, pois depois terei como justificar àquilo que acredito ser o mais importante: minha própria consciência.</div>
Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-25976934517439575852012-08-08T17:40:00.001-07:002012-08-08T17:40:35.351-07:00Unioeste debaterá golpe e missão estadunidense já está na região fronteiriçaA Unioeste de Foz do Iguaçu irá promover nesta sexta-feira (11) um debate do sobre o golpe no Paraguai. Felizmente para aqueles que ainda acreditam na democracia este encontro correrá mesmo com dois meses da ocorrência do famigerado golpe – independente do tempo – este acontecimento é muito importante para região e para ao avanço da discussão.
Foz Iguaçu, que faz fronteira com Ciudad Del Este (PY) tem papel fundamental em sua posição com relação ao ocorrido no dia no dia 22 de junho, quando o presidente Fernando Lugo – eleito pelo voto popular – foi destituído de seu cargo através de uma decisão rápida do congresso.
O prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Guisi declarou publicamente seu apoio ao novo governo de Frederico Franco, acusando inclusive, o antigo presidente de “empurrar as coisas com a barriga”. Independente de Lugo empurrar ou não “as coisas”com a barriga fato, é que estamos falando de democracia. Nitidamente o que ocorreu no país vizinho está muito longe disso.
Aliás, as últimas notícias já geram preocupação na Tríplice Fronteira, pois conforme divulgado hoje no site da Folha de São Paulo já existe uma “missão” estadunidense composta por cinco parlamentares atuando na região. A tal missão tem o objetivo de investigar “supostas ameaças terroristas na região”
E agora? Quem garante que eles não irão encontrar as tão temíveis ameaças? Como já vimos em outros episódios a gestação de um terrorista não é algo tão difícil de se fazer, portanto, cabe a sociedade organizada com noção de soberania nacional e democracia verdadeira preservar e denunciar a presença destes cidadãos em nossa região. Se alguém compreendeu o motivo da presença deles por aqui, que nos explique.
Talvez desta vez ele consigam a instalação da sonhada base militar na região, para isso fatos poderão ser criado para justificar tal ação. Podemos estar diante do início de mais uma batalha ideológica, na qual, os EUA em companhia de veículos de comunicação são mestres em fazer, para legitimar suas arbitrariedades.Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-17093825682864199012012-06-30T19:50:00.000-07:002012-07-03T12:11:33.165-07:00O golpe e a imprensaA imprensa, como sempre... capaz de manipular, distorcer e esconder. Nossos vizinhos paraguaios acabam de sofrer um duro golpe à democracia. Num país que já foi vítima de tantas injustiças históricas, mais uma vez estamos diante de um quadro triste e preocupante.
Durante a cobertura das manifestações contra o golpe nesta sexta-feira (29) muitos manifestantes comentaram o fato de imprensa estar “intimamente”ligada aos arquitetos do vergonhoso ataque à democracia.
Fato que não estranhei, pois durante as pesquisas para o livro Terrorista Por Encomenda o que mais vi foram informações absurdas e até mesmo invenções descaradas daqueles que deveriam agir como porta-vozes do povo. Na verdade, são sim, porta-vozes de interesses maiores, dos grandes latifundiários, imobiliárias e outros nomes já conhecidos do agronegócio exportador e explorador.
Por lá, já começam as prisões arbitrárias daqueles que defendem os trabalhadores, enquanto isso a população fica alheia a todos estes fatos. O Paraguai está retornando à uma ditadura perigosa, onde quem sofrerá as consequências, como sempre, será o povo,já sofrido, pobre e cada vez mais oprimido.
Pior de tudo, com apoio de setores da mídia. A grande mídia brasileira não fica atrás, também tem seus interesses, portanto, cabe a nós; os pequenos - que ainda nadam contra a maré – ajudar na divulgação das arbitrariedades e nos posicionarmos em favor do povo, a favor da liberdade, da democracia e de uma América Latina livre de tiranos.Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-71678305289111325462012-06-11T17:47:00.001-07:002012-06-11T17:47:44.676-07:00Escolas particulares: alunos ou clientes?Ouvi uma frase hoje que me chocou, como mãe e como cidadã. Até agora me martela uma pergunta: escolas particulares possuem alunos ou clientes? Como sempre vou bater no sistema Capitalista: é ele sim o responsável por transformar aquilo que deveria ser público e de qualidade em mercadoria.
A educação comprada é perigosa e aos pais cabe estarem atentos ao tipo de formação social e moral que a instituição escolhida incute em seus filhos. Cabe verificar se aqueles pequenos seres em formação de caráter não são vistos como meras mercadorias, num mercado concorrido e de poucos valores morais. Não tenha dúvidas de que os valores daqueles que controlam estas instituições irão sim parar nas cabecinhas inocentes de nossas crianças. Pois, para quem não sabe, criança tem muito mais facilidade de assimilar as coisas que “pairam no ar” do que nós adultos, digo isto como mãe de três e como quase pedagoga (saí do curso no último ano para ser jornalista).
Alguém pode até dizer que valores morais são passados em casa, pela família. Concordo, mas havemos de ponderar que eles passam cerca de quatro horas por dia (quando não, período integral), cinco dias por semana dentro de uma instituição que deve lhes oferecer a educação formal. A questão é que dentro desta educação formal existe uma grande bagagem, que vem junto nas entrelinhas, naquilo que não é dito de verdade, mas que é presente e eles percebem.
Hoje nossos filhos estudam em escolas particulares enquanto pequenos para terem a chance de ocuparem suas cadeiras nas instituições públicas quando forem para faculdade. Ainda considero isto um fato estranho, mas é a realidade brasileira atualmente. Fiz o caminho inverso; estudei até o Ensino Médio em escola pública, aí devido aos fatores como a mudança para Foz do Iguaçu e outros, fui parar em uma faculdade particular, onde vi de perto como as coisas funcionam na realidade, ou seja, se você está em dia, tudo bem, “é um bom cliente”, ops, “bom aluno”. Assim, tem o direito de exigir certas coisas e recebê-las também. Agora se não está em dia, se você não paga direito, tudo muda de figura.
É fato que as escolas públicas precisam de investimento e melhorias, mas ainda, acredito que alunos sejam tratados como alunos, crianças como devem ser. Muitos dizem que a educação não se compara com a de uma escola particular. Tenho minhas dúvidas, pois continuo acreditando – talvez até de forma utópica – que alunos não são moeda de troca. Portanto, aos pais, muito tato na hora de escolherem a instituição abrigará seus filhos, não permitam que eles sejam vistos como mercadoriazinhas, bonitinhas e concorridas.
Por fim, estudando em escola pública ou particular, nós, pais, temos sim o direito e acima de tudo o dever de acompanhar a formação de nossos filhos. Se for o caso, de cobrar da escola, pois não estamos lidando com bonecos e sim, com seres humanos que irão lá na frente reproduzir os valores que recebem hoje. Pelos meus, lhes garanto cobrarei até o fim, não interessa se pago ou não pelo estudo. Sou mãe e tenho o direito de acompanhar o desenvolvimento de minhas crianças.Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-1160628696520045532012-06-05T17:57:00.000-07:002012-06-05T17:57:03.757-07:00Preconceito e integração não caminham juntos<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Marxista! Para você o que é “marxista”?. Não vou aqui
explanar sobre o termo, mas vou dizer que para muitos ele é um xingamento, uma
forma de humilhar, como se outro (o marxista) fosse uma espécie estranha, um
criminoso, um contraventor. Ah sim, a melhor definição: um subversivo, como se
dizia no período da ditadura.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O episódio ocorrido na noite de domingo (3) quando policiais
militares de Foz do Iguaçu, sob a alegação de uma denúncia por perturbação de
sossego estiveram em uma moradia da Unila, me fez refletir sobre o termo e
sobre o preconceito. A moradia foi palco
de um conflito entre PMs e estudantes, um deles, estudante de Sociologia foi “acusado”,
de “marxista”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que causa estranheza no caso não é a postura do policial,
pois talvez, ele nem saiba quem foi Karl Marx, mas sim, a postura de muitos
outros cidadãos da cidade, que baseados nas primeiras informações sobre o
assunto iniciaram um debate preconceituoso a respeito da presença daqueles
estudantes na cidade. Muitos destes, também estudantes de outras universidades,
que ao invés de saberem sobre a realidade dos fatos, preferiram manifestar seu
desgosto com os estrangeiros da Unila, com aqueles estranhos, “marxistas”, “comunistas”,
“anarquistas”...</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não irei aqui dizer que os alunos da universidade da
integração são anjos, até porque ali, existem pessoas das mais diferentes
situações e histórias de vida, estrangeiros, brasileiros de outros estados,
enfim, jovens das mais diferentes origens e situações. Fato é, que quase todos
vivem longe de suas famílias e formam ali, entre eles mesmos, sua outra
família, o que lhes dá sim, o direito de se reunirem, comemorarem o que quer
que seja – é, claro, dentro dos limites existentes na sociedade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O som que teoricamente havia perturbado vizinhos do hotel
Passaport, ou melhor, da moradia Quebrada do Guevara, partia de duas caixinhas
de som, dessas de computador, ligadas a um celular. Havia um violão e haviam
vozes. Depois disso houve truculência, houve despreparo e houve preconceito.
Não consigo imaginar outra palavra para justificar a ação e os posteriores
comentários do tipo “somos nós que pagamos por isso”. Ou seja, uma parcela da
sociedade indignada por pagar com seus impostos para que estudantes “baderneiros”
provoquem confusão na cidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O vídeo divulgado hoje mostra claramente como alguns fatos
daquele triste episódio realmente aconteceram, bem diferente das primeiras
versões divulgadas por setores da imprensa iguaçuense. Com este acontecimento, ficou nítido que esta
tão propagada “harmonia entre os povos” e a integração latino-americana ainda
precisa caminhar muito para alcançar sua plenitude.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<object width="420" height="315"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/jxCBi7S9chs?version=3&hl=pt_BR&rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/jxCBi7S9chs?version=3&hl=pt_BR&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" width="420" height="315" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true"></embed></object>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-30899760231712865062012-05-14T14:46:00.000-07:002012-05-14T14:46:20.498-07:00Livro Psiquiatria Sem Alma é lançado em Foz do Iguaçu<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdzt-C9DpMbjTO3CbEnI2UsaqjXvJX0sOxOzf4f593BeQtCvkyU874vr5dC5cOdzjJCuidDbVBoJArTlT-YdH2sSE9fqH8bIpQWbh-iysmn2SKWqc1_yeiNK8r6_ENrAHmQhLvneHOjHQ/s1600/Livro+Aiex.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdzt-C9DpMbjTO3CbEnI2UsaqjXvJX0sOxOzf4f593BeQtCvkyU874vr5dC5cOdzjJCuidDbVBoJArTlT-YdH2sSE9fqH8bIpQWbh-iysmn2SKWqc1_yeiNK8r6_ENrAHmQhLvneHOjHQ/s320/Livro+Aiex.jpg" width="228" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neste domingo (13) foi lançado oficialmente livro Psiquiatria
Sem Alma, do médico psiquiatra José Elias Aiex Neto. O evento aconteceu no
Salão Internacional do Livro de Foz do Iguaçu. O lançamento estava previsto
para o dia anterior, porém, devido a problemas na organização evento foi
transferido.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De acordo com Aiex o livro surgiu de uma “inquietação” com
relação uma série de estudos que vinham ocorrendo em diversos países sobre os
efeitos colaterais de medicamentos para transtorno mentais, bem como, o aumento
significativo de pessoas com este problema. “Nos Estados Unidos e na Inglaterra
existe gente reagindo aos abusos no uso de medicamentos controlados, no Brasil
estamos assistindo sem fazer nada”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Durante a apresentação o médico citou as principais fontes
utilizadas para concepção do livro, inclusive de pesquisadores que revelam as
táticas utilizadas pelos laboratórios farmacêuticos para incentivar o uso de
medicações. “Estamos vivendo a era das epidemias mentais no mundo, nem as
crianças escaparam desta indústria”, apontou. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aiex ainda destacou alguns efeitos colaterais que
determinados remédicos prescritos atualmente podem ocasionar nos pacientes. “Aqui
no Brasil, depressão se tornou uma doença incurável. Os médicos esqueceram-se
da terapia da palavra, de ouvir os pacientes antes de medicar”. Para ele, o
interesse econômico tem prevalecido sobre a saúde dos pacientes. “O atual
sistema quer destroçar as pessoas ao ponto de transformar um sofrimento
psíquico em seres dependentes de médicos e medicamentos”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O livro Psiquiatria Sem Alma é resultado de mais de 10 anos
de pesquisas e da experiência pessoal de Aiex como psiquiatra há 36 anos. A
publicação é da Travessa dos Editores e está disponível para venda na livraria
Kunda.</span></div>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-17436380124972628892012-05-09T20:26:00.004-07:002012-05-09T20:26:50.417-07:00Unila: um caminho para integração da America Latina na Tríplice Fronteira<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se integração tem sido a palavra de ordem dos últimos anos,
a região trinacional, composta por Brasil, Argentina e Paraguai vem despontando
como um bom exemplo deste predicado. Como projeto desde 2007, a Unila –
Universidade Federal da Integração Latino Americana ainda não formou sua
primeira turma, mas já pode ser considerada uma das propostas mais eficazes para a real
integração cultural.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A universidade recebeu seus primeiros alunos em 2010, quando
a cidade começou a observar movimentações de jovens paraguaios, uruguaios e
argentinos, fora os brasileiros de diversas regiões. Atualmente, além desses países, a Unila
também conta com acadêmicos oriundos da Colômbia, Bolívia, Peru, Chile e
Equador. E, de acordo com as últimas notícias, em breve estarão desembarcando
na Terra das Cataratas novos alunos, desta vez, de El Salvador e Nicarágua.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com seus cursos diferenciados e - ainda não reconhecidos pelo
Ministério da Educação – a universidade abriga jovens engajados com as mudanças
na sociedade e no sistema de ensino. Tanto que em 2011 e em março deste ano já
houveram protestos por algumas demandas ainda não foram viabilizadas para
garantir o processo universitário de ensino, pesquisa e extensão. Alunos,
professores e servidores já encararam as ruas pela garantia de seus direitos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No campo da estrutura a Unila também tem toda possibilidade
de se tornar mais um símbolo, especialmente porque a genialidade do projeto ficou
por conta de ninguém menos que Oscar Niemeyer. Com as obras de já iniciadas a
pretensão é de atender 10mil alunos, por isso, estima-se que atualmente seu
canteiro de obras esteja entre um dos maiores do País e já é o segundo maior da
história da região fronteiriça, atrás somente da Usina Hidrelétrica de Itaipu
Binacional.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É certo que ainda serão necessários muitos ajustes para que
a Unila realmente cumpra seu papel para formação de profissionais diferenciados
e por que não dizer, dispostos a lutar contra as intempestividades do capital.
No entanto, uma proposta que já nasce marcada por lutas e principalmente pela
união de povos, tem os elementos ideais para o sucesso. </span></div>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-11733134253803170632012-05-01T15:49:00.001-07:002012-05-01T15:49:03.687-07:00Blog novo na área!<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Atendendo aos inúmeros pedidos (jura?) achei que já estava
na hora de ter um blog próprio. Neste primeiro momento estarei reunindo alguns
artigos já publicados e em breve estaremos com textos novos.</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Preferi chamá-lo de divagações, pois não posso e nem pretendo afirmar nada.</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O que circulará por aqui são apenas ideias e visões de mundo que estes pouco mais de 10 anos de jornalismo têm me acrescentado.</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O espaço está aberto a críticas e sugestões. Fique a vontade!</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Abraços!!!</span></b></div>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-19564793563770653282012-05-01T15:38:00.003-07:002012-05-01T15:38:31.625-07:00Fatos inverídicos e aberrações inventadas<br />
<div style="background-color: white; color: #313030; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><b>Abaixo o texto do jornalista Wemerson Augusto - Cearánews publicado 2011 no Observatório da Imprensa sobre o livro de minha autoria, juntamente com o jornalista Ali Farhat - Terrorista Por Encomenda - O discurso midiático e a geração do homem símbolo na fronteira.</b></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
<span style="font-size: 9pt;">No ano que se completam 10 anos dos atentados terroristas aos Estados Unidos da América e a satanização midiática das Três Fronteiras, entre Brasil, Paraguai e Argentina, recomenda-se a leitura do livro</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><i style="font-size: 9pt; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Terrorista por Encomenda: Discurso midiático e geração do homem-símbolo na fronteira</i><span style="font-size: 9pt;">, dos jornalistas Ali Salman Farhat e Fernanda Regina da Cunha. A obra revela bastidores e invenções dos fatos pela mídia norte-americana, com apoio da imprensa brasileira e paraguaia.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
Para instituir o homem-símbolo e relacionar a comunidade árabe da fronteira - que soma cerca de 15 mil pessoas, entre imigrantes e descendentes, apenas em Foz do Iguaçu (PR) – com os atentados de setembro de 2001, a mídia relutou por fatos, inventou aberrações e expôs a região de forma ridícula. As Três Fronteiras e os povos de origem árabe foram apunhalados. Há sequelas ainda não cicatrizadas.</div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
Era a mídia a trabalho da ordem do ex-presidente dos EUA, George W. Bush: "Precisamos estar alertas para o fato de que esses malfeitores ainda existem." Jornais, revistas e emissoras de televisão esquentavam notícias, envelhecidas há meses. A prática se repetiu com frequência, por uns nove meses, após a queda das Torres Gêmeas, nos EUA.</div>
<b style="background-color: white; font-family: Arial; font-size: 14px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
Uma imagem digna</div>
</b><div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
A mídia precisava dar vida aos fatos, queria manchetes fortes e fotos de personagens. Eis que ela inventa o homem-símbolo, morador da fronteira, comerciante, libanês e simpatizante do partido político Hezbollah. A primeira séria dos fatos é marcada para outubro de 2001, com o pedido de prisão preventiva do comerciante Assad Ahmad Barakat por suspeita de ser filiado ao grupo Hezbollah.</div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
Quais eram as provas? Conforme o estudo de Ali Salman Farhat e Fernanda Regina da Cunha, o governo paraguaio pedia a extradição do libanês por ter encontrado no cofre da empresa do comerciante informações ligadas ao Hezbollah. A polícia paraguaia vasculhou os arquivos do empresário e capturou, entre outros objetos, informações de um colecionador e simpatizante do grupo político.</div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
O fato não teve muita sustentação. Era preciso ir mais além. A mídia precisa de uma imagem digna, semelhante à prisão de grandes bandidos. Esse dia foi marcado para 22 de junho de 2002. O libanês é surpreendido pela Policia Federal em seu apartamento em Foz do Iguaçu. Acordou assustado com a ordem de prisão, a pedido da justiça paraguaia.</div>
<b style="background-color: white; font-family: Arial; font-size: 14px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
As mazelas deixadas pelos fatos</div>
</b><div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
Para a mídia, foi o êxtase. Era a materialização do discurso, como apresentam Farhat e Cunha (2009). "Era a construção da identidade dentro, e não fora, dos discursos. Era Assad Ahmad Barakat despido de sua naturalidade, de seus sonhos, de ideais, de verdade enquanto cidadão em seu local histórico e institucional específico, no interior de formações e praticas discursivas específicas (…)."</div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
A justiça alegava que Assad era criminoso, por fazer apologia ao partido e financiar o grupo, simplesmente por encontrar informações do partido, no cofre de sua empresa, em Ciudad Del Este (Paraguai), cidade que faz fronteira com Foz do Iguaçu e conhecida internacionalmente por seu comércio de importados.</div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
De todas as acusações feitas a Assad Ahmad Barakat, uma única foi comprovada. A evasão de impostos de Ciudad Del Este. No entanto, a mídia não teve a coerência de abordar este assunto. Preferiu relacionar cultura, religião e as Três Fronteiras a Bin Laden, <i style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Al</i>-<i style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Qaeda e atentados terroristas. É mais uma, de muitas outras histórias, em que a imprensa inverteu os valores e o rumo da história.</i></div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
"Barakat não tem a lembrança de ver os filhos crescendo, não tem a foto dos primeiros dias de escola dos meninos, de seis aniversários, de seis natais, de seis inícios de novos anos. Não abraçou ninguém dos seus afetos por seis anos fora do território enjaulado. Seis anos numa cela e uma vida inteira isolado em um presídio sem paredes", revelam Farhat e Cunha (2009). O livro encerra com mazelas deixadas pelos fatos orquestrados pela mídia: "Assad Ahmad Barakat não mora mais em Foz do Iguaçu. Não é mais cidadão brasileiro, nem paraguaio, nem libanês. Não tem mais passaporte. Não tem visto. Não mora mais com dois dos três filhos e nem com a mulher com quem continua casado. Barakat tem uma caixa grande de papelão, cheia de recortes de jornais em que ele é descrito pela imprensa mundial como o primeiro terrorista da fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina."</div>
<div style="background-color: white; color: #313030; font-family: Verdana; font-size: 9pt; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
Publicado em <a href="http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/fatos_inveridicos_e_aberracoes_inventadas" style="background-color: transparent;">http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/fatos_inveridicos_e_aberracoes_inventadas</a></div>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-59388356484048700802012-05-01T15:31:00.001-07:002012-05-01T15:31:36.549-07:00O pecado da mídia<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que pecado
seria mais pesado àquele que deturpa, manipula e infiltra no imaginário popular
disseminando a ideia de que todas as mazelas do mundo atual são fatos isolados?
A realização de um espetáculo diante de uma tragédia provocada pela insanidade
de um dos tantos insanos gerados pelo sistema capitalista, em nenhum momento
aponta para si. A mídia tem o poder de se eximir da culpa. Não oferece sequer a
mais remota possibilidade de que tais fatos possam advir de uma sociedade cada
vez mais pautada pelo individualismo e por valores estabelecidos pelo sistema
dominante.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No sofá da
sala testemunhamos quase que instantaneamente o show de horrores em uma escola
do Rio de Janeiro. Os mestres consultados pela reportagem jamais sugerem que
tais fatos podem ter uma ligação com a sociedade em vivemos, com os valores
apregoados por essa mesma tevê que especula as razões do acontecido. A forma de
repercutir este tipo de acontecimento já está pronta, é um modelo
pré-fabricado, lançado no momento em que o fato ocorre. Este modelo parece
querer compreender cada detalhe do assunto em questão, porém, já está
programado para excluir o real motivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para que
haja compreensão destas questões é necessário apropriar-se do conhecimento
sobre o “modus operandi” do capitalismo. A mídia, ao tratar determinados
assuntos (inquietantes para sociedade) utiliza-se do efeito ideológico para
produzir a dominação. E este é seu papel, enquanto reprodutora do sistema. A
sensação que temos ao assistirmos uma reportagem tão bem recheada de fatos e
desdobramentos possíveis é a de que aquilo é a mais pura expressão da verdade.
Quem há de contestar?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neste
padrão de qualidade se dissimula o cerne da questão. Sem mencionar a realidade
por trás dos fatos, a verdade dura de engolir, aquela que nos revela que o
verdadeiro mal está inserido diretamente no seio da sociedade dominada e
manipulada pelo capitalismo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A grande
mídia, enquanto parte do sistema jamais colocará à disposição da massa a triste
realidade em que vivemos. A doença não é apenas do homicida, é a doença da
sociedade, é a doença da própria mídia, é o mal estar provocado por um modelo
que castra identidades e gera as patologias do chamado “mundo moderno”. A forma
não explica que hoje os consultórios psiquiátricos (e outros) estão lotados de
humanos que ainda não estão totalmente enquadrados naquilo que seria o ideal da
sociedade capitalista, mas que vivem diariamente a angustia de tentar fazer
parte deste ideal. Assim, o melhor é rotular estes desagregados como bipolares,
depressivos, maníacos e tantos outros adjetivos que explicam os conflitos
internos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para uma
comunicação a serviço da classe dominante é muito mais apropriado promover um
sistema de consciência coletiva, isolando fatos, do que tocar no olho do
furacão. Quando o telespectador ouve o jornalista citar uma possível
ligação do assassino de crianças da escola com redes extremistas islâmicas,
logo ele fará uma associação com a reportagem que leu na semana anterior,
justamente sobre este “tipo de gente”. Pronto; a consciência coletiva está
montada, conforme deve ser, a ordem está legitimada.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="color: #666666; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim , com a população é adestrada para “entender” o que passa em
sua sociedade, o fluxo segue seu rumo normal. O pecado já tem um dono. A
mídia já esclareceu tudo que lhe caberia e a ideologia é reproduzida para
cumprir se papel legitimador do poder dominante – como
sempre. </span></span><br />
<span style="color: #666666; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span><br />
<span style="color: #666666; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artigo publicado no site<a href="http://www.guata.com.br/"> www.guata.com.br </a> </span></span><br />
<span style="color: #666666; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-24693614959047557622012-05-01T15:22:00.002-07:002012-05-01T15:26:45.445-07:00Jornalistas no combate ao mau jornalismo<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;">Fatos
ocorrem a cada segundo, fatos importantes, pouco importantes, fatos que dizem
respeito diretamente as nossas vidas e fatos que em nada nos
acrescentarão. Informações existem ou inexistem, informações são
repassadas e não são repassadas. Algumas vezes, informações são alteradas.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;">Difícil
definir o que é pior no caso da informação: se aquela que não nos é transmitida
ou aquela que sofre contaminações. Isenção em um texto, seja ele
jornalístico ou não, é algo impossível de se encontrar, no entanto, o limite de
influência daquele que é responsável pela informação precisa ser ponderado. A
atualidade trouxe consigo uma grande facilidade no acesso a informação.
Diariamente somos bombardeados de notícias por todos os lados e aí, como
filtrar?</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;">A
grande bandeja de notícias oferece ao receptor a possibilidade de analisar
diversas fontes e escolher aquilo que lhe pareça mais coerente. Talvez esteja
aí o poder de quem está do lado de cá da informação. Infelizmente no
Brasil, nem todos têm acesso às mídias alternativas – seria utópico demais
acreditarmos que já é assim – porém, o caminho já não possui mão única. Outro
fato que não pode ser negado é aquela cultura arraigada em boa parte da população,
cujo fundamento aponta para as grandes empresas de mídia como a fonte de
informação única necessária ao dia-a-dia. Estamos caminhando sim, mas é
necessário saber que até mesmo a capacidade de discernimento passa
impreterivelmente pela boa qualidade da educação formal, aquela capaz de fazer
pensar, mas esse é um outro debate.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;">Não
há dúvidas que os movimentos sociais contrários ao capitalismo que estão
ocorrendo ao redor do mundo são ignorados por muitos, já que uma boa parcela
dos segmentos da "grande imprensa" preferem não noticiar ou então
"mascarar" as informações sobre o assunto. O controle da informação é
um fato real e presente, a grande massa desconhece e continuará desconhecendo
porque conta com poucos para lhe dizer da realidade.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"> O
jornalista e sociólogo Ignacio Ramonet já propôs a criação do "quinto
poder", com a função de denunciar os grandes grupos midiáticos que não
defendam a população, mas ao contrário, atuam como opositores. A academia nos
ensina uma das premissas do bom jornalismo: "ouvir sempre, os dois
lados". Com esse dado na cabeça já se sabe que tem algo errado acontecendo
por aí.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;">A
prostituição da imprensa irá diminuir quando os próprios jornalistas tomarem a
luta para si, em defesa da boa informação e do direito dos cidadãos de
receberem a notícia como é ela é - nem mais nem menos. Contextualizar uma
notícia pede consciência de classe e até mesmo, espírito de humanidade, por
saber que podemos, sim, atuar na transformação da sociedade. Falo aqui de
resistência. A proposta aos jornalistas é de atuarem na frente de defesa dos
menos favorecidos, grupo ao qual também pertencemos.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;">Talvez
seja este o momento de parar com a reverência dedicada a certos órgãos de
imprensa. Aquela mesma reverência que faz um aspirante sonhar em obedecer determinados
padrões de qualidade, não apenas pelo salário, mas principalmente pelo status
ideológico que aprendeu a almejar. Nesta história de guerra midiática, os
jornalistas devem ser os protagonistas e irem para batalha por si e pelos
outros também.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Publicado em</span> <a href="http://sitiocoletivo.blogspot.com.br/2011/11/jornalistas-no-combate-ao-mau.html">http://sitiocoletivo.blogspot.com.br/2011/11/jornalistas-no-combate-ao-mau.html</a></div>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3503145988009923727.post-21034597691106969992012-05-01T14:47:00.001-07:002012-05-01T14:54:36.951-07:00A imprensa e a construção do terrorismo no Brasil<p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Contrabando, crime organizado, tráfico, terrorismo. Há muito tais termos norteiam as notícias veiculadas na imprensa nacional e internacional sobre uma das regiões mais peculiares do planeta: a Tríplice Fronteira. Nos últimos tempos a pauta principal ficou mesmo em torno da possível existência de células terroristas abrigadas na região.<o:p></o:p></span></span></p> <p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Composta pelas cidades de Foz do Iguaçu, no Brasil, Ciudad del Este, no Paraguai e Puerto Iguazu, na Argentina, a região trinacional já foi palco para dezenas de hipóteses. Entre elas, de ser um dos maiores canais de movimento financeiro para grupos radicais islâmicos e possuir bases de treinamento para jovens extremistas. Afinal, quais as verdades ou as invenções por trás de tudo isso?<o:p></o:p></span></span></p> <p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Ao ser declarada por Bush (filho) a segunda etapa da "guerra contra o terror", após os atentados de 11 de setembro de 2001 o espaço onde vivem cerca de 15 mil árabes - imigrantes e descendentes - entrou na lista negra do governo estadunidense. Inaugurada aquela que muitos chamariam de a "nova era na segurança mundial", a mídia também deu início a uma campanha em busca do terrorista escondido na fronteira latino-americana. Assim, como se não bastassem todos os estigmas já enfrentados por este lugar, mais um rótulo era criado.<o:p></o:p></span></span></p> <p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Recentemente a revista Veja e a editora Abril, foram condenadas pela publicação de uma reportagem chamada "A rede do terror no Brasil", de 6 de abril deste ano. A ação movida por 16 organizações islâmicas pede direito de resposta pela reportagem tendenciosa. Até onde se sabe, Veja já entrou com recurso contra a decisão. Na reportagem, a revista expos novamente a figura do homem que ficou conhecido pela acusação de responsável pelo envio de milhões de dólares para financiamento das atividades terroristas de extremistas islâmicos e uma série de outros crimes jamais comprovados.<o:p></o:p></span></span></p> <p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Assaad Ahmad Barakat tornou-se o símbolo do terror na fronteira, o verdadeiro representante do Osama Bin Laden neste lado do mundo e por isso passou seis anos preso no Paraguai - após extraditado pelo Brasil em uma decisão polêmica do Supremo Tribunal Federal. O motivo da condenação: evasão fiscal de 100 mil guaranis, o correspondente a R$ 50 reais. Cumpriu toda a pena e está livre de qualquer acusação jurídica, mesmo assim, voltou a ter seu rosto divulgado na página da Veja como um dos terroristas que "estão entre nós". "Cumpri toda pena que me foi imposta e estou tentando voltar a vida normal aqui em Foz do Iguaçu. De repente abro uma revista e vejo meu rosto novamente estampado como um bandido perigoso". Após liberto, Barakat viveu um ano em Curitiba e voltou à Foz. Mora no Brasil e trabalha em Ciudad del Este, onde reabriu um comércio.<o:p></o:p></span></span></p> <p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Embora sua "dívida" tenha sido paga perante o Estado, Barakat ainda não está livre da mídia. Seu processo de reconstrução pode ser ainda bastante dolorido e moroso. "Sou comerciante, depois dessa reportagem me sinto inseguro em relação as outras pessoas, não sei como serei visto pelos que entrarem em minha loja". Certamente, esta insegurança não se restringe apenas à Barakat, mas a toda comunidade árabe perante uma pregação ideológica constante, com um patrocinador ansioso e nervoso do outro lado. Quem saberia dizer qual o próximo passo? O clima de incerteza impera na comunidade e não poderia ser diferente com base em tudo o que já sofreram; preconceito, intolerância, casos de xenofobia e muito mais.<o:p></o:p></span></span></p> <p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Enquanto isso a imprensa vai cumprindo sua função de aparelho reprodutor do sistema dominante e eliminando vidas através de palavras. Dessa maneira, materializaram a necessidade de um terrorista, pariram o que lhes foi encomendado pela hegemonia do poder dominante, trouxeram para nós uma guerra, cujos interesses passam longe de um bom furo de reportagem.<o:p></o:p></span></span></p> <p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Uma matéria desta como da Veja, mancha ainda mais a imagem de um local já marcado pela violência sutil, daqueles que outrora apontavam a seta do preconceito para os sacoleiros. Esta violência que chamo de sutil é uma das mais aniquiladoras que existem, pois é capaz de roubar identidades, criar mitos e apagar com precisão as possibilidades de construção de uma nova imagem.<o:p></o:p></span></span></p> <p style="text-align: left; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; "><span style="font-size: 9pt; color: rgb(34, 34, 34); "><span >Para quem ainda não teve oportunidade de ler nos grande órgãos da imprensa (porque eles não publicam), além de ser considerada uma área geograficamente particular, na Terra das Cataratas vivem cerca de 72 etnias, conviendo do forma harmônica e respeitosa. A diversidade cultural cresce ainda mais agora com a presença da Unila - Universidade Federal da Integração Latino Americana, porém, estes fatores não são importantes para eles - infelizmente</span></span><span style="font-size: 9pt; font-family: Verdana, sans-serif; color: rgb(34, 34, 34); ">. <o:p></o:p></span></p><p style="font-family: Georgia, serif; margin-top: 6pt; margin-right: 0cm; margin-bottom: 10.8pt; margin-left: 0cm; text-align: justify; line-height: 19.2pt; background-image: initial; background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; "><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif";color:#222222">Artigo publicado originalmente no Blog do Nassif </span><a href="http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-imprensa-e-a-construcao-do-terrorismo-no-brasil" style="font-size: 100%; line-height: normal; text-align: left; ">http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-imprensa-e-a-construcao-do-terrorismo-no-brasil</a></p>Fernanda Reginahttp://www.blogger.com/profile/09033950217683890298noreply@blogger.com0