quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O medo de perder o voto


Nestes últimos dias de campanha eleitoral vemos muitos ainda com aquele velho discurso de “não quero perder meu voto”.  Se teve algo que o PT fez de bom foi a última campanha do ex-presidente Lula, com o famoso slogan “a esperança venceu o medo”.
Esta frase realmente tocou a população indecisa e fez com que optassem por outra via e apesar dos pesares do governo petista, não podemos negar que o Brasil ousou votar naquele que todos tinham medo ou no mínimo um certo receio.
Em Foz do Iguaçu o que vemos pelas ruas é mais ou menos isso: pessoas com medo, tentando escolher o ”menos pior” destas eleições municipais ou fazendo sua opção simplesmente pelo pavor do continuísmo.
Eleições municipais falam diretamente sobre nossas vidas, sobre a possibilidade de melhorarmos, mantermos ou piorarmos nossas condições e as condições daqueles que não irão ler texto, daqueles que estão à margem da cidadania e à mercê da enganação eleitoreira, infelizmente, prática ainda tão comum.
Não tenho medo de perder meu voto, tenho mais de medo de apostar naquilo que não acredito. Políticos estão para servir, não são senhores acima do bem e do mal, nem donatários de seres humanos. Prefiro manter minha convicção de que o poder deve estar nas mãos do povo, somos nós quem decidimos e se determinadas práticas não nos agradam não temos razão para aceitá-las. 
Quando será que perderemos a paciência, conforme pensou Mauro Iasi? O exercício da democracia através das eleições é um excelente momento para demonstrarmos nossa indignação. Alguns amigos, dirão: por isso votarei nulo! Respeito essa postura, mas não creio que seja o momento desta opção, pois permaneceremos na inércia e seremos outra vez levados pelo poder econômico daqueles que compram votos das mais diversas e descaradas maneiras.
Se não iremos votar por ideologia, que votemos por coragem, por convicção, pela verdade. Voto por todos estes motivos, sem medo, pois depois terei como justificar àquilo que acredito ser o mais importante: minha própria consciência.