O Fantástico
deste domingo (29) apresentou uma reportagem sobre a situação da mulher no
Líbano. E, sim, por lá existe violência contra a mulher, baseado em um machismo
exacerbado, que oprime e coloca o ser feminino como inferior.
Em certos
países árabes a situação da mulher é algo degradante mesmo, com casos de
violência extrema que merecem a atenção mundial. Normalmente, estas situações
são fundamentadas em questões culturais e religiosas.
Nascer
mulher nestes lugares é penar até o fim. E aqui no Brasil? Ah, aqui é o país da
liberdade, as mulheres são valorizadas e tratadas como... (Ops!) Tratadas como
mercadoria! Ah, mas, esse era justamente o tema da tal matéria do Fantástico.
Parece que temos algo errado nisso aí.
Curiosamente
a matéria que precedeu a da violência contra mulheres no Líbano mostrou a “pegação”
nas ruas do Rio e São Paulo. Muitos gringos - que vieram ao país por conta da
Copa - encantados com as mulheres brasileiras. A imagem da mulher brasileira
sempre foi vendida no exterior. Reparemos na palavra: vendida.
Recentemente
o apresentador da Globo, Luciano Huck,
iniciou uma campanha incentivando brasileiras a conquistarem “os príncipes
encantados gringos”. Isso não seria uma espécie de cafetinagem? Em tempos de
governo tentando inibir o turismo sexual no país, uma concessão pública de
televisão usa de sua prerrogativa para, deliberadamente, oferecer mulheres a
estrangeiros.
Na
reportagem sobre o Líbano, as brasileiras foram alertadas sobre casamentos com aqueles
homens, mas na matéria seguinte parece que os gringos que vieram para Copa eram
muito legais, pois, a ideia era “ensinar” os moços como “pegar” mulher brasileira.
Hipocrisia é
o nome disso. Diariamente mulheres brasileiras são violentadas em seus
direitos, apanham e são exploradas de diversas formas. Aqui, a mídia colabora
para explorar os atributos físicos em campanhas (e reportagens) e no fim, tudo
isso ajuda a levar para fora a imagem do Brasil como paraíso para o turismo
sexual.
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